13.05.20
Whale Safari in the Arctic Circle
In an old whaling boat, we left in search of sperm whales in the north sea near Lofoten Islands.
Partimos de motorhome da cidade de Tromsø, a maior cidade dentro do círculo ártico na Noruega. O plano era dirigir pelas estradas costeiras dos fjordes noruegueses que desenham todo litoral do país. E como todo o litoral é feito de montanhas rasgadas pelo mar, não tínhamos uma rota traçada definitiva do que queríamos ver e fazer. Tudo era lindo e paisagem para foto. O plano era dirigir por aí e deixar que a estrada nos encantasse. Então sem rumo, partimos de Tromsø sentido sul passando pelo arquipélago de Senja, uma das ilhas mais bonitas que já visitamos. Lá ficamos acampados no pé das montanhas enquanto fazíamos trilhas durante o dia e observávamos a luz lusco-fusca que substituia a escuridão durante a noite. A natureza no extremo norte do país é linda e selvagem, e ficar ao léu por alguns dias foi uma experiência incrível.
Quando sentimos que tínhamos tido o suficiente de Senja, decidimos que o arquipélago de Lofoten seria o destino final de nossa viagem. Lofoten é o maior arquipélago da Noruega e tem paisagens de tirar o fôlego. Mas não estávamos em busca apenas de paisagens em Lofoten. A formação geográfica de seu litoral é um lugar perfeito para alimentação de diversas espécies de baleias, como orcas e cachalotes. Orcas não estavam mais na região devido a época do ano, já tinham migrado para outra região do globo. Porém as cachalotes ainda estavam por lá. E mesmo sendo criaturas de águas profundas, reservadas e solitárias (ao contrário de orcas e jubartes que vivem em bando e próximas a superfície quando com filhotes), nós tínhamos uma chance de vê-las e fotografá-las. Afinal são mamíferos e eventualmente tem que subir a superfície para respirar por alguns minutos. Então se coincidíssemos de estar no mesmo lugar do oceano quando uma resolvesse respirar, seríamos bem sucedidos. Estava decidido então, a chance era pequena mas para nós bastava. Subimos num barco de pesca antigo e partimos oceano a dentro em busca de baleias.
O que não antecipamos era a série de desafio que poderíamos encontrar ao sair para navegar mar do norte a dentro. Primeiro que cachalotes sobem a superfície por alguns minutos para respirar depois afundam por outros 40 minutos até sentirem a necessidade de respirar novamente. Então a chance de estarmos no mesmo lugar que uma cachalote era pequena. Demoraram 5 horas até acharmos nossa primeira baleia. Outra dificuldade que não tínhamos antecipado era o quão selvagem o próprio mar e ventos do extremo norte do globo podem ser. Nosso barco balançava 45º e foi só uma questão de tempo até todos os navegantes começarem a vomitar. O barco se tornou um chão de horrores. Era como se caminhássemos sobre um chão em constante movimento por causa das ondas com a preocupação de desviar dos constantes vômitos jogados por todo o lado do navio. Dois membros de nossa expedição vomitaram e acharam um canto para se deitar. As únicas duas pessoas do barco além da tripulação que sobreviveu a jornada foram eu e meu amigo Hadi Nikzad. Depois que a animação tinha passado e o único sentimento que todos sentiam era de voltar para terra firme, finalmente encontramos nossa primeira baleia, depois de 5 horas a bordo do caos que se tornou o navio.
Sabendo que tinha apenas poucos minutos para fotografar a baleia antes que ela desaparecesse de volta as profundezas, fiz o que tinha que fazer para conseguir fotografar. Amarrei minha câmera e meu corpo a lateral do navio. O navio poderia balançar o que fosse e as pessoas poderiam se empilhar o que fosse em cima de mim para avistar a baleia, mas eu não sairia de lá por nada, pelo simples fato de estar amarrado a lateral do navio. Em perfeita estabilidade com o vai e vem do mar, fotografei e filmei a cachalote. Sentimento de missão cumprida, podíamos voltar a terra firme. Por fim acabamos encontrando mais uma antes de chegar de volta a Lofoten. O desgosto e cansaço do mar selvagem passou, mas ficaram algumas lições de humildade e disciplina para nós. Primeira lição foi de humildade sobre nosso próprio tamanho perante a natureza. Somos pequenos e parte de algo muito maior que nós. E a segunda lição é que não devemos desistir tão rápido de nossos objetivos. As coisas que mais valem a pena precisam de esforço e muitas vezes nos deixam desconfortáveis antes sermos recompensados.
Para ver mais do que criamos no nosso projeto, visite a viagem da Noruega na sessão de portfólio.
Quando sentimos que tínhamos tido o suficiente de Senja, decidimos que o arquipélago de Lofoten seria o destino final de nossa viagem. Lofoten é o maior arquipélago da Noruega e tem paisagens de tirar o fôlego. Mas não estávamos em busca apenas de paisagens em Lofoten. A formação geográfica de seu litoral é um lugar perfeito para alimentação de diversas espécies de baleias, como orcas e cachalotes. Orcas não estavam mais na região devido a época do ano, já tinham migrado para outra região do globo. Porém as cachalotes ainda estavam por lá. E mesmo sendo criaturas de águas profundas, reservadas e solitárias (ao contrário de orcas e jubartes que vivem em bando e próximas a superfície quando com filhotes), nós tínhamos uma chance de vê-las e fotografá-las. Afinal são mamíferos e eventualmente tem que subir a superfície para respirar por alguns minutos. Então se coincidíssemos de estar no mesmo lugar do oceano quando uma resolvesse respirar, seríamos bem sucedidos. Estava decidido então, a chance era pequena mas para nós bastava. Subimos num barco de pesca antigo e partimos oceano a dentro em busca de baleias.
O que não antecipamos era a série de desafio que poderíamos encontrar ao sair para navegar mar do norte a dentro. Primeiro que cachalotes sobem a superfície por alguns minutos para respirar depois afundam por outros 40 minutos até sentirem a necessidade de respirar novamente. Então a chance de estarmos no mesmo lugar que uma cachalote era pequena. Demoraram 5 horas até acharmos nossa primeira baleia. Outra dificuldade que não tínhamos antecipado era o quão selvagem o próprio mar e ventos do extremo norte do globo podem ser. Nosso barco balançava 45º e foi só uma questão de tempo até todos os navegantes começarem a vomitar. O barco se tornou um chão de horrores. Era como se caminhássemos sobre um chão em constante movimento por causa das ondas com a preocupação de desviar dos constantes vômitos jogados por todo o lado do navio. Dois membros de nossa expedição vomitaram e acharam um canto para se deitar. As únicas duas pessoas do barco além da tripulação que sobreviveu a jornada foram eu e meu amigo Hadi Nikzad. Depois que a animação tinha passado e o único sentimento que todos sentiam era de voltar para terra firme, finalmente encontramos nossa primeira baleia, depois de 5 horas a bordo do caos que se tornou o navio.
Sabendo que tinha apenas poucos minutos para fotografar a baleia antes que ela desaparecesse de volta as profundezas, fiz o que tinha que fazer para conseguir fotografar. Amarrei minha câmera e meu corpo a lateral do navio. O navio poderia balançar o que fosse e as pessoas poderiam se empilhar o que fosse em cima de mim para avistar a baleia, mas eu não sairia de lá por nada, pelo simples fato de estar amarrado a lateral do navio. Em perfeita estabilidade com o vai e vem do mar, fotografei e filmei a cachalote. Sentimento de missão cumprida, podíamos voltar a terra firme. Por fim acabamos encontrando mais uma antes de chegar de volta a Lofoten. O desgosto e cansaço do mar selvagem passou, mas ficaram algumas lições de humildade e disciplina para nós. Primeira lição foi de humildade sobre nosso próprio tamanho perante a natureza. Somos pequenos e parte de algo muito maior que nós. E a segunda lição é que não devemos desistir tão rápido de nossos objetivos. As coisas que mais valem a pena precisam de esforço e muitas vezes nos deixam desconfortáveis antes sermos recompensados.
Para ver mais do que criamos no nosso projeto, visite a viagem da Noruega na sessão de portfólio.